Capítulo 3 de 50 Lições de Filosofia 11.º ano, pp. 39-59.
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segunda-feira, 7 de outubro de 2019
Validade e verdade
domingo, 28 de janeiro de 2018
domingo, 10 de dezembro de 2017
O grande alcance da razão

Mas para que o
processo funcione, tem de ser fragmentado em pequenos passos e cada um deles
tem de ser totalmente convincente. O ponto de partida de cada passo é algo que
o público pode ver claramente que é verdadeiro ou algo que, num momento
anterior da palestra, se provou ser verdadeiro. Assim, o mecanismo nuclear,
neste caso, é se-então: se X é verdadeiro, então, é claro, segue-se Y (porque todo o X implica um Y).
Anderson,
Chris (2016). TED talks – O guia oficial
TED para falar em público. Lisboa: Temas e Debates – Círculo de Leitores,
p. 97.
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Estrutura do ensaio filosófico
Primeira parte:
introdução
1. Breve apresentação do problema
que será tratado no ensaio. Geralmente, apenas duas ou três linhas. Por
exemplo, «Neste ensaio discute-se o problema de saber em que condições uma vida
humana poderá ter sentido.»
2. Explicitação da teoria
defendida. Geralmente, apenas uma linha. Por exemplo, «A posição defendida
neste ensaio é que uma vida humana ativamente entregue a finalidades com valor é
uma vida com sentido.»
Segunda parte:
desenvolvimento
3. Apresentação mais desenvolvida
e articulada dos aspetos fundamentais do problema que será tratado no ensaio. É
nesta parte que se fazem distinções concetuais e se esclarecem alguns conceitos
centrais importantes, se houver necessidade disso.
4. Apresentação das posições em
confronto.
5. Apresentação pormenorizada da
posição que se defende e dos argumentos a seu favor. Resposta às objeções mais
prováveis aos argumentos apresentados.
6. Apresentação dos argumentos
mais importantes a favor da posição contrária e respetiva refutação. Resposta a
algumas das objeções mais prováveis às refutações apresentadas.
Terceira parte: conclusão
7. Conclusão: breve recapitulação
do problema tratado e da posição defendida.
Almeida,
A., Teixeira, C. & Murcho, D. (2013). 50
Lições de Filosofia 10.º ano – Caderno do Estudante. Lisboa: Didáctica
Editora, pp. 40-41.
O texto argumentativo – o que é, como se faz
A escrita de um texto (redação) implica o conhecimento de várias técnicas, independentemente do género textual a produzir. Há um conjunto de modelos textuais que utilizamos de acordo com as nossas necessidades comunicativas, pelo que a sua tipologia varia de acordo com o objetivo pretendido.
Basicamente escrevemos um texto para expor conhecimento, para defender uma ideia ou formar a opinião do leitor. Deste modo, a progressão textual (organização de ideias) exige uma articulação e estruturação coerentes.
Texto expositivo-argumentativo
1. Definição – tipo de texto que visa convencer/persuadir o leitor/ouvinte sobre a nossa “verdade” face a um assunto. Neste sentido, assenta numa tese cuja veracidade se demonstra e prova através de um conjunto de argumentos, que sustentam o ponto de vista apresentado, devidamente ilustrados com exemplos plausíveis, oriundos das diferentes áreas do saber. Secundariamente pode rebater contra-argumentos.
A reflexão apresenta um “olhar” muito particular e pessoal de alguém sobre um determinado assunto/problema.
2. Estrutura
- Introdução – parágrafo inicial, no qual se apresenta a proposição (tese, opinião…). Deve ser apresentada de forma assertiva, clara e bem definida, sem referir quaisquer provas ou razões. Pode recorrer-se a uma frase de efeito (A verdadeira função do homem é viver, não existir - Jack London); excerto de autor (Ser descontente é ser homem); referência biográfica /e ou histórica (História como termo também pode verificar toda a informação do passado); provérbio (Quem porfia sempre alcança); definição de conceitos (O Homem é um ser social);
- Desenvolvimento – contém:
a) análise/explicitação da tese;
b) apresentação dos argumentos que provam a verdade da tese (factos, exemplos, citações, dados estatísticos, entre outros);
- Conclusão - parágrafo final, no qual se apresenta uma síntese da demonstração feita no desenvolvimento; retoma a afirmação inicial.
Nota: Para uma correta argumentação, é necessária a escolha e ordenação dos argumentos que suportam a demonstração da tese; devem ser pertinentes e coerentes, apresentados de forma lógica e devidamente articulada.
Matos, A. & Braga, C. (2017). Preparar o exame nacional de Português – 12.º ano. Braga: Escola Secundária de Alberto Sampaio, p. 104.
sábado, 11 de fevereiro de 2017
PREPARAR O EXAME NACIONAL DE PORTUGUÊS - 12.º ANO
Preparar o exame nacional de Português
– 12.º ano
de
António Alberto Matos e Corina Pinheiro Braga
Braga: Escola Secundária de Alberto Sampaio, 2017

Na
perspetiva dos seus autores, apresenta alguns traços inovadores.
Assim,
procede a um levantamento das questões
mais frequentes de resposta restrita, encontradas nos exames nacionais. Orienta, de uma forma prática, na redação
da resposta a questões de interpretação. Identifica, além disso, alguns dos
principais erros cometidos pelos
examinandos.
No
referente à gramática, são elencadas
as questões abordadas nos exames
nacionais de Português – 12.º ano, desde 2007 a 2016, organizando-as por
categorias gramaticais, facilitando
o seu estudo e apreensão. Aconselha, assim, os discentes no estudo da
gramática, alertando-os para as questões
mais frequentes, porque consideradas essenciais no domínio da língua, e
aquelas em que revelam maior dificuldade.
À
semelhança de outros manuais do mesmo género, expõe algumas sínteses de autores e de todas as obras literárias que constam dos
programas em vigor.
Por
fim, fornece aos alunos orientações muito práticas para a redação do texto expositivo-argumentativo.
Os
autores desejam que os seus destinatários se apropriem dos modelos propostos,
neste livro, e revelem a capacidade de os superar com o seu espírito criativo.
Esta
publicação pode ser adquirida na reprografia da ESAS por qualquer aluno (esteja
ou não matriculado no nosso Agrupamento), a um preço simbólico de 2,50 €.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Como disse? Raciocínio verdadeiro?!
Comentário de Marques Mendes na SIC (10/10/2015): "isso é um raciocínio tão verdadeiro como falso".
Os raciocínios não são verdadeiros nem falsos, mas válidos ou inválidos.
Que tal um curso básico de lógica para os comentadores? E para os políticos? Ou, pelo menos, algumas leituras simples, como o meu Algumas noções de lógica.
Os raciocínios não são verdadeiros nem falsos, mas válidos ou inválidos.
Que tal um curso básico de lógica para os comentadores? E para os políticos? Ou, pelo menos, algumas leituras simples, como o meu Algumas noções de lógica.
domingo, 16 de novembro de 2014
Demonstração e argumentação
Uma
dedução é um argumento que, dadas certas coisas, algo além dessas coisas
necessariamente se segue delas. É uma demonstração quando as premissas das
quais a dedução parte são verdadeiras e primitivas, ou são tais que o nosso
conhecimento delas teve inicialmente origem em premissas que são primitivas e
verdadeiras; e é uma dedução dialéctica se raciocina a partir de opiniões
respeitáveis.
Aristóteles, Tópicos, 100ª
|
Considerando o tipo de argumentos
cuja validade é dedutiva, Aristóteles distingue a «demonstração» da «dedução
dialética».
Mas, o que existe de comum e de diferente
entre uma demonstração e uma dedução dialética? Comparemos os seguintes
argumentos:
1) 100 é um número inteiro
divisível por 2.
Todo o número inteiro divisível por 2 é um
número par.
Logo, 100 é um número par.
2) O dever de não mentir é um dever
moral.
Todos os deveres morais são absolutos.
Logo, o dever de não mentir é um
dever absoluto.
a) Os argumentos 1 e 2 têm a mesma forma
lógica, que pode ser representada deste modo:
Algum
A é B.
Todo o B é C.
Logo, algum A é C.
(NB: As letras A, B, C simbolizam termos
gerais que designam uma dada classe ou coleção de coisas, como «100» ou «o
dever de não mentir», «número inteiro divisível por 2» ou «dever moral», etc.)
b) Os argumentos 1 e 2 são, ambos,
dedutivamente válidos. Portanto, é impossível que sendo as suas premissas
verdadeiras a conclusão possa ser falsa.
c) E, sendo 1 e 2 argumentos dedutivamente
válidos, se tiverem premissas verdadeiras, ambos serão argumentos sólidos.
d) Mas, será que 1 e 2 são ambos argumentos
sólidos?
Eis uma diferença entre estes
argumentos:
As premissas de 1 são
verdades bem estabelecidas e indisputáveis. Qualquer criança sabe distinguir os
números pares dos números ímpares, pelo menos desde o 1º Ciclo, e não terá
qualquer dificuldade em aceitar a conclusão, e até compreende que não pode
deixar de a aceitar obrigatoriamente.
Mas, quanto às premissas de
2, pelo menos a segunda não é uma verdade bem estabelecida e indisputável, nem
para as crianças nem mesmo para adultos bem informados. Quando muito, é apenas plausível
ou verosímil.
O que é que se conclui desta
diferença?
Conclui-se que o argumento 1
é um argumento sólido. Não é racional aceitar as premissas e não aceitar a
conclusão.
Se usarmos a terminologia de
Aristóteles, denominar-se-á o argumento 1 de «demonstração», porque é um
argumento dedutivo válido, com premissas que são verdades evidentes ou bem
estabelecidas, o que implica que é obrigatória a aceitação da sua conclusão,
pois esta segue-se logicamente de verdades indisputáveis.
Mas, quanto ao argumento 2,
que também é dedutivamente válido, conclui-se que a sua solidez é disputável,
porque a verdade da segunda premissa não está bem estabelecida. A proposição de
que os deveres morais são absolutos é objeto de uma profunda controvérsia entre
utilitaristas e deontologistas, por exemplo, e mesmo entre estes últimos, que
em geral são favoráveis a essa ideia, não há uma forma comum de entender o
estatuto dos deveres morais.
Por isso, um agente
cognitivo, seja criança ou adulto, não está constrangido a aceitar a conclusão
do argumento 2 e até é racional contestá-la. Para isso, basta apresentar as
melhores razões contra as premissas.
E, se usarmos a terminologia
de Aristóteles também neste caso, denominar-se-á o argumento 2 de «dedução
dialética», porque é um argumento dedutivo válido com uma premissa cuja verdade
é apenas provável ou verosímil.
O universo da argumentação
compreende o estudo da lógica formal e da lógica informal. A lógica formal
estuda os aspetos lógicos da argumentação que se podem explicar exclusivamente
pela forma lógica. A lógica informal estuda os aspetos da argumentação que não
dependem exclusivamente da forma lógica. Por isso, a lógica informal também
estuda certos aspetos dos argumentos dedutivos válidos, como a relação de
plausibilidade das premissas relativamente à conclusão e como a importância e
consequências do estado cognitivo dos agentes envolvidos na argumentação para a
própria argumentação.
Escola Secundária de Alberto Sampaio
sábado, 11 de outubro de 2014
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