Aquilo que a razão tem de especial é ser capaz de
chegar a uma conclusão com um nível de certeza diferente do de qualquer outro instrumento mental. Numa discussão lógica, desde que os pressupostos de partida sejam verdadeiros, então as conclusões argumentadas validamente também devem ser verdadeiras e pode saber-se que são verdadeiras. Se conseguir levar, convincentemente, alguém através de uma discussão lógica, a ideia que colocou na mente dessa pessoa instalar-se-á nela e nunca a deixará.
Mas para que o
processo funcione, tem de ser fragmentado em pequenos passos e cada um deles
tem de ser totalmente convincente. O ponto de partida de cada passo é algo que
o público pode ver claramente que é verdadeiro ou algo que, num momento
anterior da palestra, se provou ser verdadeiro. Assim, o mecanismo nuclear,
neste caso, é se-então: se X é verdadeiro, então, é claro, segue-se Y (porque todo o X implica um Y).
Anderson,
Chris (2016). TED talks – O guia oficial
TED para falar em público. Lisboa: Temas e Debates – Círculo de Leitores,
p. 97.